Depois do verbo

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poeira se sente ao ranger
dos dentes
esconderijo das consoantes
em vogais de arrimo;
- A vida só começa depois do verbo!

todas as disfunções vistas nesta cidade
Jazz gentrificado faz fundo aos seis furos d'uma lata
- Alumínio em brasa!

baque TRAque CLAQue
CATRAQUE

histeria do concreto em duas paredes levantadas 
com argamassa & destroços
- O contratempo no segundo refrão,
é só um aneurisma que explode
                                                     [dia após dia

canções d'amor nascidas no cartesiano
aos tapas disputadas 
por bocas evisceradas & escorpiões 
nas pontas das patas

                                                     [minha entrada no rol dos mártires foi revogada.

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