ela metalizou os restos do corpo ao mergulhar quadro adentro; antes porém não estava assim: pupilas sólidas bússolas de única coloração naquele chão refletindo a escada esconderijo alimento óxido férrico que aterrou-a depois da fuga pendurada pelas patas torácicas que estava nos filetes de seda tecidos através dos olhos a enforcar o choro. enquanto comia o metal sangrando solitária deslembrou-se dos tendões puxados aos céus salvação quase divina contra o espancamento um pouco além do tarde demais flutuou enfim deixando as ecdises escarificadas zigue zagueando movimentos com a boca criando dois remos de lagarta alçados aos trilhos de nuvens que nevoavam amparo sob sua cabeça. a poça de hemáceas alarga-se a espirotromba em leste nasce em seu quinto estar bebe o sangue ainda escondida embaixo da escada sente estar grávida de escamas e não crisálida; o corpo pupa no mesmo tempo em que o sangue forma um arpégio de peixes estranhos criam a moldura aquela pela qual irá mergulhar o aço da escada lhe dava alimento agora reforça seu endoesqueleto. ela não mais foge se abriga por entre as tramas que sua boca asseda casulo de caveira, de lágrima, de bruxa e de felino enquanto repousa dentro do quadro de suas vértebras nascem asas holometábolas treze dias depois nas laterais das vértebras fios membranosos expelidos como teias se entrelaçam dando suporte as asas; calyptra de coonase renascida cuspindo espadas marrons livre thalictri destrói a escada nunca mais usada como morada.
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Estes dois versos: "a enforcar o choro" e "estar grávida de escamas"!