A semântica do doublet como forma poética ao pé da letra é que a palavra inicial deve conter suas variações e o exato número de fonemas da mesma devem ser trocados até que se alcance o sentido contrário de seu significado. Se a palavra tem quatro letras, quatro letras são trocadas e assim por diante.
A versão impressa deste poema fez parte da coletânea Proporción Aura, pela Arset Ediciones em 2023, sob curadoria da poeta argentina Ana Suaréz, que você pode ver no portfólio.
Obviamente esta obra é uma transgressão da regra, como já feito no poema panfleto do zine Poemas Anti-Cinza (abaixo).
O código estava parado em casa e resolvi dar uma modificada para publicação. A vida corre em tremores, que mudam seu significado conforme a alma percorre cores, ou a sua versão do que tudo isso significa...
Nota: deixo o código abaixo, caso alguém se interesse pela brincadeira com o software Processing4.
PFont fonte;
String [] doublet = {" ", "vida", "lida", "lira", "vira", "vara", "cara", "cava", "cova", " "};
float f;
float f2;
PGraphics pg;
void setup() {
String[]fontList = PFont.list();
printArray(fontList);
fullScreen();
fonte = createFont("Futura-Bold", 20);
smooth(8);
}
void draw() {
f += 0.03;
f2 += 0.009;
background(190);
for (int x = 0; x < width; x+=49) {
for (int y = 0; y < height; y+=49) {
float nz = noise(x+y*0.01+f)*doublet.length;
float az = map(random(x*0.4+f, y*0.1+f), 0, width, 0.5, 1)*doublet.length;
float sz = map(random(x*0.1+f, y*0.4+f), 0, height, 0.5, 1)*doublet.length;
fill(127+sin(x*0.24+f2)*127,
127+cos(y*0.12+f2)*127,
127+sin(x*0.44+f2)*127);
textFont(fonte, map(abs(y + 329), x, y, 0, 39));
text(doublet[int(nz)], x+az, y+sz);
}
}
}
Nota 2: O poema panfleto do zine:
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